quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Cinema de Woody Allen



O diretor, roteirista, escritor, intérprete e músico norte-americano Woody Allen  nasceu no dia 1 de dezembro de 1935 na cidade de Nova Iorque, batizado como Allan Stewart Königsberg. Sua terra natal é a paisagem por excelência da quase totalidade de sua obra, que discorre principalmente sobre os distúrbios psíquicos encenados na mente humana a todo momento, com doses picantes de ironia em extensos dialogismos críticos.
Sua primeira produção a ser reconhecida e premiada pela crítica é o clássico Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, o qual conquistou quatro Oscars: melhor filme, roteiro e direção, além de melhor intérprete para Diane Keaton, com quem Allen se envolveu afetivamente.
Woody só apareceu no Oscar de 2002, logo depois dos atentados do dia 11 de setembro, quando realizou sua própria celebração de Nova Iorque; no ano anterior ele fora mais uma vez laureado por seu trabalho como roteirista original em Hannah e suas Irmãs, sempre ausente da cerimônia. Na metrópole norte-americana foi também gravada outra obra-prima do cineasta, Manhattan, igualmente galardoada com inúmeros prêmios, e com a presença de Meryl Streep e Diane Keaton.
Seus filmes são, de certa forma, muito similares ao personagem insistentemente vivenciado por Woody no cinema; eles parecem estar sempre restritos a um tema mínimo, quase invisível, debatido em imagens gravadas em preto-e-branco, hesitante no instante em que se depara com o desafio de esclarecer uma questão singela.
Woody possivelmente gerou um personagem-protótipo, depois criou narrativas que giram em torno dele e de seus sucessores. Em sua obra é constante a presença do protagonista gago, que não consegue expressar todas as palavras de seu discurso, mantendo parte delas no interior de si mesmo.
Em A Rosa Púrpura do Cairo, de 1985, não é só o personagem de Woody que esbarra com as palavras; a protagonista Cecília, no momento de maior tensão, quando precisa justificar sua ausência de casa ao marido, esclarecendo que irá atuar como babá, também se revela subitamente gaga, pois se sente insegura diante do novo contexto.
O mesmo ocorre com os personagens Mickey, de Hannah e suas Irmãs; Isaac Davis, de Manhattan; Alvy Singer de Noivo neurótico, noiva nervosa; e Andrew, de Sonhos eróticos de uma noite de verão. Sua câmera está sempre captando a fala dos personagens deslocada do plano exibido, que parece se concentrar intencionalmente em outras imagens, como, por exemplo, em um detalhe do cenário.
Allen dirige, escreve e interpreta a maior parte de seus trabalhos, incessantemente vivendo um judeu residente em Nova Iorque, um sujeito que coleciona neuroses e derrotas. Em seus filmes, alguns positivos, outros mais melancólicos, ele recorre à mesma temática sem, porém, se tornar chato e insistente.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Woody_Allen
http://www.escrevercinema.com/Allen_Hannah.htm

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