sexta-feira, 29 de abril de 2016

Neurociência




Por Ana Lucia Santana

A neurociência investiga o funcionamento do sistema nervoso, em seu estado normal ou patológico, principalmente os elementos anatômicos e fisiológicos do cérebro, relacionando-os com outras disciplinas, como a teoria da informação, a semiótica, a lingüística, e outras que se ocupam da observação das reações comportamentais, dos mecanismos de aprendizado e aquisição do conhecimento humano.

Ela se dedica a compreender a performance orgânica do mecanismo informacional que ocorre no sistema nervoso dos animais e do Homem. Esta esfera do conhecimento inclui três campos fundamentais - a neurofisiologia, a neuroanatomia e a neuropsicologia. A primeira investiga as tarefas que cabem ao sistema nervoso. A neuroanatomia investiga a face estrutural deste sistema, tanto no seu ângulo microscópico quanto no macroscópico, para isso retalhando o cérebro, a coluna vertebral e os nervos periféricos externos.

Já a neuropsicologia pesquisa a interação entre os trabalhos dos nervos e as funções psíquicas. Ela busca definir que campo particular do cérebro domina as tarefas psicológicas. Para isso ela utiliza especialmente a observação do comportamento e as modificações na esfera do conhecimento que conseqüentemente ocorrem no ser vivo depois dele ser afetado por danos cerebrais.


A cibernética também tem colaborado com os avanços nesta disciplina, principalmente através da neurociência computacional, que visa estabelecer paradigmas dos campos da Matemática e da Informática, com o objetivo de imitar e compreender o funcionamento do sistema nervoso, para assim obter o domínio informacional do animal e das máquinas. Ela é uma ciência de caráter interdisciplinar, pois associa diferentes esferas do conhecimento, como a neurobiologia, a física, a ciência da computação, a engenharia elétrica, a matemática aplicada e a psicobiologia.

Pode-se considerar o ano de 1735, data da publicação da obra De morbis nervorum, do médico holandês Hermann Boerhaave, considerado o tratado inaugural de neurologia, como o marco de criação desta especialidade interdisciplinar, se não se incluir como elementos da Neurociência metodologias como tepanações - operação cirúrgica para retirar uma parte de um osso, geralmente da caixa craniana -, uso de fitoterapia psicoativa, e outros meios de alteração da consciência.

A revelação sobre as funções do cérebro também é conferida ao grego Alcmaeon, membro da escola Pitagórica de Croton, em meados de 500 a.C. Ele descreveu as tarefas sensitivas deste órgão, trabalho que foi confirmado por Herófilo, um dos criadores da Escola de Medicina de Alexandria, no século III a.C, o qual discorreu sobre as meninges e a teia admirável de nervos, que ele diferencia dos vasos, e medulas com suas respectivas ligações com o cérebro. Este saber seria posteriormente provado através da experiência por Galeno, por meio da ruptura selecionada de nervos.

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